sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Europeu, gastação, psicodélica

europeu americano


psicodelica psicodelica


gastação



europeu americano


psicodelica psicodelica


gastação

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As pêras estão maduras!

meus pensamentos são como fantasmas irônicos
fazem sombras gigantescas em mim
tenho vontade de me dissolver nas coisas
tornar-me flor, terra, luz
sair desse lugarzinho que sou eu
será que existem culpados por isso?
será que foi o homem quem perdeu
o elo com os seres
enquanto penso, penso de novo e muito
e essas vultos brancos ainda brincam comigo
mas não tem graça as peças que me pregam
vai ver estou descobrindo a tragédia
o peso do que somos, perdendo minha infância
mas sinto como se pudessemos escapar ao
próximo ato
sinto mais quando olho para o sol, para as estrelas
para o caminho das formigas ou para um cão
pedindo carinho
sinto que um dia, não muito longe
se contarmos pelo relógio de deus
eramos derretidos uns nos outros
uns nos outros
precisamos rodar ao contrário
precisamos ficar bêbados
de tanto girar olhando pro céu
com os braços esticados feito hélices
e cair de costas, sorrindo
para que os dois ultimos seres-humanos
não se separarem quando minguados
se extinguirem como mais uma fagulha que em
mim acabou de se apagar
meus pensamentos
desse jeito até preferiria ser macaco.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Felicidade - La bille una

Sou a geração das doenças pisquicas. Engraçado e assustador. Ficaremos negros? Como pode? Não tem médico. Mas tem remédio. Só temos eus. Ninguém cura. Só. Vivemos para o amor, A razão, pois, pode nos enlouquecer. Tenho medo da Aids, de vírus, de mudanças, de doenças, da morte. Nâo acredita que somos doentes? Somos da geração dos bi-polares. Dos pânicos.Nas grandes cidades é tudo tão pesado. Deus me livre. Não suportaria. Sou tão doente,mas tão doente, que meus receptores neurais comeriam serotonina se tivesse que me abraçar à esse phatos. Olhe, só.

Sei que vou
Embora um dia
Como todos
Não seremos nada
Daqui a algumas décadas
Seremos história
Não via
O valor que tem um dia
É bom ficar louco.

Quando ficar velhinho, bem provável que nao mais me incomodarei com a morte,será? Esse medo ninharia que ora paralisa vez contorce os músculos, fluidez dentro da carne e do sangue "la bille negra".Ah! quando ficar velhino. Quanto tempo para se cuidar do amor, muitas estações, muitas flores,sóis, cheiros e cores. O que mais atrai é fechar os olhos e imaginar acordando em meio a cabelos brancos, numa casa de fundo pra uma lagoa e de frente pro mar, sentindo a firmeza dos meus pés, e a rigidez da minha mente. Com o ar soprando a brisa, oriental. Bem na janela da cozinha, embriagado pelo cheiro da manhã, confortável, colocar villa-lobos na agulha,e curtir a sinfonia misturando-se ao som dos pássaros. Lá fora, o trabalho de mexer na terra,cuidar da horta, aguar as plantas, me espera. Sem pressa. E então, tirando a pouca roupa que me guarda, cuidar, nu, das minhas pequenas filhas coloridas e não mais saber o que sou. Me perder. Misturar-me ao brilho do sol, numa manhã de 6:30 h de um dia qualquer da minha velhice. Viver é perigoso. Sim, e como é. Loucura e idealismo.Terminar com o semblante atravessado,apodrecido por dentro, com um câncer? Prefiro não. Por isso, procuro respirar, e permitir que minha mente e meu coração se dissolvam nas coisas. O paraiso são os outros, quando se vê que se é um. Não deveriam existir velhos que não encontraram o amor.Isso pra mim é uma afronta aos karmas.Deveriamos cuidar dos espíritos dos nossos filhos desde cedo.Isso sim seria educar. Quem sabe então, poderíamos retomar alguns nortes perdidos do ser-humano verdadeiro.E então não sentiríamos faltas, estaríamos juntos.Num tibet universal.E do alto, deus pensaria sozinho."meus filhos, ainda bem que reaprenderam a brilhar", no mesmo momento em que eu, nu,gozo no jardim, depois de me masturbar para o dia.

Chorando no banho

Hoje chorei. Por meses de lágrimas, que se misturavam com a água do chuveiro. Estava me lavando. Por dentro. Retirando pelos olhos toda a sujeira caudalosa de tempos de remoição. Mesmo vermelho, ao enxugar parecia mais branco. Mais leve. Não tive medo. Imaginei em alguns segundos, como se fosse uma cena, desta vez, vista do alto, com trilha da Billie Holiday. Foi se fechando o enquadramento, a cidade, o bairro, minha rua, a casa, os cômodos, o banheiro, eu, nu, homem, demasiado.Me senti são. E feliz por chorar. Não tinha a imagem do espelho.Não tinha vergonha.Não tinha mentira. Nem roupa.Só água, água e eu.Por alguns instantes me senti mesmo sozinho, como nunca havia estado. Engraçado, que da mesma forma, nunca havia me sentido tão comungado com o universo. A água limpa. Batismo dos nossos tempos. Estou aprendendo a rezar. Acho que todos os dias agora, ao acordar, vou me postar diante do sol, olhar pra cima,reverente, erquer levemente as mão, como se segurasse o céu, e encontrar em mim mesmo, a conexão enterna do homem com deus. É preciso. Senão as ondas erradas dos probres homens mesquinhos, nos deixam tão pequenos quanto um banheiro de azulejos frios e sem lágrimas, após uma crise de deprressão.

Instante Amarelo

Podemos sorrir todos os dias,uma sabedoria de nego velho, como quem mostra os dentes musgados pelos vícios vermelhos, despreocupadamente, numa tonalidade de felicidade tão verdadeira de dar inveja a qualquer homem de natureza hi-tech. Podemos ver tanta beleza em segundos, quando passa aquela moça,com um ingênuo vestido amarelo, exalando num raio de 100 m (budismologia) sua aura parecida com o sol. Quente. Quente e amarela. Mas ela afeta a poucos. A maioria está perdida em seus devaneios, nos seus redemoinhos mentais, baseados numa esperança doentia. Presos pelos medos.E nem sequer se dão conta da malemolência do que se pode ver, da perna lisa abaixo do vestido, do olhares levantados para você, tudo dura uns dez anos. É como se colecionasse os instantes e fosse guardando-os numa caixinha adornada-orientais, vivendo assim uns mil anos, e melhor, sem medos. Mas ainda estamos na travessia. Listras, sinais, faróis, semblates, um mar de símbolos que navegam nos meus dilúvios. Meu guerreiro está treinado, e não se esquiva. Bate frontalmente em cada onda que se quebra em areias diferentes. Ela vai indo na frente.Ela e seu vestido amarelo. Se fosse ourives, a gritaria.Só a vi de costas. Estávamos atravessando a rua pela faixa de pedestres. Foi no máximo um segundo. Uma fagulha, uma miséria.Mas nesse lugar, onde efeitos softwares nada traduzem, senti que ganhei o dia. Deixe-me voltar, senão paro direto aqui. Outros dias terão outras, vermelhas, azuis, mas agora, estou lembrando e no instante da amarela