quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caminho das melodias

A leveza vagareza de estar
Da moléstia difícil de arrancar
Da dor que aliviaria se expurgar
Do canto que de novo encanto
Fez bico pra abrochar

Pro caminho da vida velejar
Pra um lugar calmo transmutar
E se fizeram morte a ti
Jogue os versos ao ar

Assim como o som, as palavras
As melodias que me perfazem
Enquanto meio o todo do ser.

É assim, e todo no meio, será.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

- Dois

Acordar triste não é nada bom
Cada um de nós um universo, penso
Que alvoroça e aquieta
Que perde o equilíbrio nessa tênue passagem
Que se desmancha feito onda
E renasce ao raiar
Mas hoje acordei estranho
Quando agente voa
Não guardamos nosso lugar
E embaixo ávida tudo se vai...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

I - Primeiro

Quero não passar mal
Para fazer o bem

É preciso descer e subir os mais temerosos
Abismo para encontrar
A luz do sol sozinha e nua?

Ou vê-la através de vidraças sujas
Seria vê-la, sozinha e nua mesmo assim?

meu sofrimento é nao ter terminado o caminho
e nem não saber que existe um caminho

Como os versos que acabara de ler
Que o tudo que dizem
É um simples "estar"

sem pensamentos e sem palavras

mesmo assim
sem explicação, escrevo

escrevo desejando nunca ser um poeta.