quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sou?


O que sou?
Acredito no meu caminho?

Caminho a algum tempo solitário
perdido numa geleira matando o animal que me carregava
Para crua, comer –lhe a carne que me sustentava

Quase acabei comigo, maltratei-me!

Sinto-me pequeno,
em uma lugar pequeno.
Meus vizinhos não me conhecem
Eu não me reconheço.

Apesar da beleza exterior
Meu intimo escurece
Meu romantismo de outrora me é dor
Oh! Os olhinhos de um bichano!

O que sou?
Meu caminho errante me farta
Sinto-me na obrigação de sentir-me feliz?
Envelhecer vinte anos
Lendo livros sábios
E não sair a rua das vidas
E me deparar com a porcaria que enoja meu coração.


Tudo parece um segredo.


você é alguém que ninguém bota fé
quero paz pra sentir
todos os gestos simples da vida
e poder amar incondicionalmente.


Ideias mortas


Não posso ficar dando trela
A idéia assassina 

Dar fio a coisa torpe
Que de tanto amedronta  
o rebento do amor

Segundos traduzidos em anos
O “presente”!
Uma ode!

Novamente, novamente, novamente
mas não pra sempre

E consciente das idéias tortas
Dar fim às idéias mortas
Nascer!

Que como já experimentara:
Um jardim, uma manha

Que seu corpo fez para alimentar seus pulmões de ar?
Quando se dá conta disso
Segue então para a segunda parte do seu caminho
permanecer.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Candido


Deus candido que fazes
De minha dor
amor tântrico

coberto de angustia
do chão, insípido

sonhar em estar  cheio da energia das plantas
força marota que brota da terra
e do o azul que sai do mar.

Areias


Tem hora que meus pensamentos pisam em areia morta
Nadam em água seca e morna
Perde as horas lúcidas
Os momentos bênçãos

Tem hora que meus pensamentos furam a pele
Contaminam o sangue
Enrijecem meus músculos, que da face também
Pelo revirar do globo do olho, do branco
Sobre mim mesmo acompanhado de pré-conceitos

Vão e secos, como meu deserto de areias mortas
Em que a pedra de minh’alma
debaixo desse torro quente
Quer se embrenhar no mar feito gente
E se derramar em tons fora.