A vida já é tão difícil pelas suas próprias características :
Temos que nos deparar com uma
consciência biologicamente pronta acrescida do que faremos com ela, e da interpretação que o nosso
eu, já construído e também a se construir, dá para todos os fenômenos misteriosos da vida, do
mundo.
E o fato de sermos um “eu”, uma consciência herdada pelas redes da vida e lançada à um mundo
povoado de questões, como a miséria humana, o flagelo das guerras, a
fome, a violência , a escravidão, a exploração incontrolável da natureza, a loucura de cada sinapse mal feita pela química de nosso cérebro, a esquizofrenia sem culpa, o câncer de quem acabou de nascer, o vicio e a depressão de quem não teve força, o suicídio de quem não a suportou.
Qual o sentido
disso tudo a que chamamos de vida?
Algumas culturas o chamam de amor, outras de
deus, uns o acham e outros não.No mundo em que habito as religiões diluíram-se em caldas quentes de liberdade . As ligações entre elas. A aproximação dos mundos dos eus, os fenômenos da globalização em nosso grão de areia, nossa única casa, nossa casca, nosso céu dentro do peitos.
Essa gama de acontecimentos jogados ao acaso
de uma existência cigana, com todos os percalços atoalhados a que estamos sujeitos nos é bastante sofrível. Se se aproximou do
amor ou se sucumbiu ao medo. Essa balança funesta a que chamamos de destino, o livre arbítrio macabro ensinado nas catequeses de criança naquela cidade-sede-episcopal.
Não precisamos criar mais problemas e
sofrimento. Não
precisamos sofrer com questões imaginárias criadas pelas nossas próprias mentes.
Temos que saber que nossa mente é capaz de tudo. A vida pode se tornar bem mais
leve e teremos mais chances de encontrar o amor, quando ele é uma arma pra batalha do
desconhecido. Aprender a amar é um silogismo prático ilógico e real.