quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Olhos de turquesa

O gosto da sua boca é indizível
Pagarei milhares aos poetas que
Um dia se atreverão a tentar revelar-te.

Nesse mundo de fome
De fogo e de sede
Sentir a textura dos seus lábios
Foi como viajar por segundos
Ao que as religiões proclamam a milênios
Como o paraíso.

Como uma união entre seres humanos
Pode conter tão alta carga de divino?
Não acreditava no amor estúpido
Mas acho que estou ficando velho.

E nesse de fome
Preciso acalantar-me entre seus gestos 
Adormecer em sua pele e acordar  com seus olhos
Turquesa!
Não sei fazer poesia de amor
Faço mais de guerra
Mas quem sabe agora minha fase esteja mudando
E distinguirão entre a fase da loucura
E a fase do amar: verbo direto de felicidade.

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