a chuva me trouxe uma princesa
de iris melada e pele fria
embotada nos pingos dágua
molhado dos fios ao pés
acalentando as lagunas da cidade
o tempo de um dia
que acordava preguiçoso
com muros musgados verdes
e as árvores pingando lágrimas
ruas de ladrilhos mágicos
anjos de meias e pijamas em suas varandas
de casas de portaozinhos baixos
adornados brancos fazendo voltinhas infinitas
ela cantou e me embalou em seus braços
e me lançou feito um barco
em instantes de felicidade.
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