(...) Percebi que as palavras não valem nada, e então me deu vontade de escrever. (...)
terça-feira, 6 de abril de 2010
Dias, brancos
Teriamos nos inspirado em cores.Mas estive como um cego, o que me serviu de rasteira quando estava nas auroras.Seus olhares e seu charme natural. Viria uma manha delicada.Sim, maças lisas feito quadros de cestas. Agora tateio morno, lascivo o que me torna um pouco mais frio.Medo de nada. Quando duas almas se tocam, seus beijos sao agua. Possuo em mim o macio de suas maos entre meus cabelos. Queria que durasse mais um pouco.Mas me deixara vellho e triste. Se nao fizer dessa vida uma luta pra renascer, como aquela flor azul da praia que rebenta entre as raizes e surge bela, reluzente e condizente com o mar, acabo assim mesmo.Um velho, puramente, um simples velho atrasando o tempo. Teriamos sido belos, ainda sinto. Ainda sinto tambem o mal gosto em minha boca, gosto do amor nao vivido. Que deixou branca alguns lugares.Que esbranquiçou os dias.
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