(...) Percebi que as palavras não valem nada, e então me deu vontade de escrever. (...)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Injetam vevenos
Ontem vomitei minhas dores ate chegar à bile, e perto de alguém que mereceria beijos com gosto de boca limpa. Aprender a estar no presente e estando ai, no dasein verde-amarelo, enlouquecer essa vida pós-moderna a ponto dela se virar aos avessos por vezes e parar somente quando o espaço estiver sem lugar, os olhos estiverem voltados para dentro do globo ocular e tudo for caos, e nessa quimera de confusões atiradas por metralhadoras da vida, ir encontrando uma paz e uma voz, que silencie o coração atabalhoado e esse coração discorra um caminho são e verdadeiro. Como é mesmo que se chama essa parte de nós que agente se esquece e só vê anos depois, quando as rugas já aparecem altas? Não sei, versar sobre isso não é de minha ossada, mas juro que preciso urgentemente me manter vivo por algumas semanas. Daí ver campos banhados de sol, dias coloridos e serpentes que mordem, mas não injetam venenos.
sábado, 10 de abril de 2010
Rebento das Aguas
Agora sei que tu és forte e lasciva
mas quando excessiva fisica
e o fisico acaba puramente
como a espuma da onda vai na areia.
Agora sei por onde andastes
nos altos palacios dos ventos comedidos
mas o vento nao é forma
nao bate as janelas de cima
nao arrebenta as nuvens de rancor.
Agora tambem sei que nao és mediocre
posto que é presente sagrado
dados aos rebentos diafanos
mas tambem que és musculo que pulsa
para além dos olhos sorrateiros
como daquele gato que olhou esquivo
o marimbondo que voava
colorido entre os coqueiros.
Saltamos pelos ares
a voar em sentido livre
forca que és musculo
espuma que és nuvem
presente que sao os olhos
coloridas que sao as sedas,
da asa de um marimbondo.
mas quando excessiva fisica
e o fisico acaba puramente
como a espuma da onda vai na areia.
Agora sei por onde andastes
nos altos palacios dos ventos comedidos
mas o vento nao é forma
nao bate as janelas de cima
nao arrebenta as nuvens de rancor.
Agora tambem sei que nao és mediocre
posto que é presente sagrado
dados aos rebentos diafanos
mas tambem que és musculo que pulsa
para além dos olhos sorrateiros
como daquele gato que olhou esquivo
o marimbondo que voava
colorido entre os coqueiros.
Saltamos pelos ares
a voar em sentido livre
forca que és musculo
espuma que és nuvem
presente que sao os olhos
coloridas que sao as sedas,
da asa de um marimbondo.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Dias, brancos
Teriamos nos inspirado em cores.Mas estive como um cego, o que me serviu de rasteira quando estava nas auroras.Seus olhares e seu charme natural. Viria uma manha delicada.Sim, maças lisas feito quadros de cestas. Agora tateio morno, lascivo o que me torna um pouco mais frio.Medo de nada. Quando duas almas se tocam, seus beijos sao agua. Possuo em mim o macio de suas maos entre meus cabelos. Queria que durasse mais um pouco.Mas me deixara vellho e triste. Se nao fizer dessa vida uma luta pra renascer, como aquela flor azul da praia que rebenta entre as raizes e surge bela, reluzente e condizente com o mar, acabo assim mesmo.Um velho, puramente, um simples velho atrasando o tempo. Teriamos sido belos, ainda sinto. Ainda sinto tambem o mal gosto em minha boca, gosto do amor nao vivido. Que deixou branca alguns lugares.Que esbranquiçou os dias.
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