terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Paradoxo do tempo

Do pó em branco a luminosidade do dia
O corpo trêmulo pela sísmica dos músculos
E quem pensou em um dia fazer cinema
Agora pára um longa que se tédio já na fosse
E vai num emaranhado de redes sociais
Que se julgam fortes e inteligência
Mas ah! Aquela menina
Que tomava ácidos e delirava
Nos tons alaranjados e rosas do céu
Agora entra no carro do marido rico
Mas não me parece tão feliz
E a escritora forte, de gênio auspicioso
Participante da pós-revolução de 2000
Agora continua se revolucionando
Em cada gole de álcool que molha sua garganta
E inebria seus poros para o nascer da lua cheia

Paradoxo de consumo:
Ingerir produtos lights
E ter um amor pesado.

3 comentários:

Gustavo Bastos disse...

Excelente poema, moderno e original, abs.

Ramando Carvalho disse...

valeu gustavo pela leitura....abraçõ.

Caim Tenorio Ferrero disse...

Essa é a mensagem.. tem tudo a ver com as memórias d'um amnésico. o paradoxo!!!!!!!!!! valeu!!!