terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Versos

As passeatas diurnas passaram a ser para mim, momento sagrado,
percorrendo as pedras e sentindo a brisa marital que me refresca a alma. Tudo como um paraiso. Uma cena de filme dos anos 70, com lucys nos céus, uma psicodelia a la MGMT. Os homens viram padres e as aldeias, caleidoscópios gigantes. Teremos sim Dr. Robert: uma vida simples e farta, das comidas da carne e do espírito.
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(...)eu que tive sempre o sonho de cantar
vi meu mundo fantastico,desabar,
nas suas palavras de reprovação

e ainda que eu quisesse amar
mais forte do que eu queira amar
meus versos estao em êxodo

as minhas palpebras ja estao colando
e nao aguento mais o desejo que da ponta
ao realejo ja passamos a divagar.
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E mais uma vez o homem segurou a maça, seu símbolo de fruta
que da gênesis adão já comera para ser expulso do céu, livremente
banha do pelas nuvens sendo pinceladas abstratas coladas em telas.
Aquela luz, daquele por de sol, já se foi junto com aquele dia.

Dia Quente, calor abrasivo, condicionar o ar, como dizem por ai: " caixas feitas de vidro, e dentro das caixas, outras feitas de sonhos que cerceiam nossas caixas-semi-consciências antes de pregarmos no sono".

Essa foi uma oração ensinada nos montes dos libinos. Nossas meias-consciências que diluviam nessa mar de imagens que ao par são reais, e são ao mesmo tempo irreais, sobramdo-nos algo intangível. Na verdade: conversa de loucos. Só para loucos. Assusta todo jogo de idealizações e pré-conceitos que ja vêem nos olhares. Essa trama cheia de regras, que julgaram (sem o nosso consentimento) ser a justa a ser vivida e experenciada. Parece-me justo. A beleza é justa a quem a cultiva.
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