terça-feira, 13 de outubro de 2009

Felicidade - La bille una

Sou a geração das doenças pisquicas. Engraçado e assustador. Ficaremos negros? Como pode? Não tem médico. Mas tem remédio. Só temos eus. Ninguém cura. Só. Vivemos para o amor, A razão, pois, pode nos enlouquecer. Tenho medo da Aids, de vírus, de mudanças, de doenças, da morte. Nâo acredita que somos doentes? Somos da geração dos bi-polares. Dos pânicos.Nas grandes cidades é tudo tão pesado. Deus me livre. Não suportaria. Sou tão doente,mas tão doente, que meus receptores neurais comeriam serotonina se tivesse que me abraçar à esse phatos. Olhe, só.

Sei que vou
Embora um dia
Como todos
Não seremos nada
Daqui a algumas décadas
Seremos história
Não via
O valor que tem um dia
É bom ficar louco.

Quando ficar velhinho, bem provável que nao mais me incomodarei com a morte,será? Esse medo ninharia que ora paralisa vez contorce os músculos, fluidez dentro da carne e do sangue "la bille negra".Ah! quando ficar velhino. Quanto tempo para se cuidar do amor, muitas estações, muitas flores,sóis, cheiros e cores. O que mais atrai é fechar os olhos e imaginar acordando em meio a cabelos brancos, numa casa de fundo pra uma lagoa e de frente pro mar, sentindo a firmeza dos meus pés, e a rigidez da minha mente. Com o ar soprando a brisa, oriental. Bem na janela da cozinha, embriagado pelo cheiro da manhã, confortável, colocar villa-lobos na agulha,e curtir a sinfonia misturando-se ao som dos pássaros. Lá fora, o trabalho de mexer na terra,cuidar da horta, aguar as plantas, me espera. Sem pressa. E então, tirando a pouca roupa que me guarda, cuidar, nu, das minhas pequenas filhas coloridas e não mais saber o que sou. Me perder. Misturar-me ao brilho do sol, numa manhã de 6:30 h de um dia qualquer da minha velhice. Viver é perigoso. Sim, e como é. Loucura e idealismo.Terminar com o semblante atravessado,apodrecido por dentro, com um câncer? Prefiro não. Por isso, procuro respirar, e permitir que minha mente e meu coração se dissolvam nas coisas. O paraiso são os outros, quando se vê que se é um. Não deveriam existir velhos que não encontraram o amor.Isso pra mim é uma afronta aos karmas.Deveriamos cuidar dos espíritos dos nossos filhos desde cedo.Isso sim seria educar. Quem sabe então, poderíamos retomar alguns nortes perdidos do ser-humano verdadeiro.E então não sentiríamos faltas, estaríamos juntos.Num tibet universal.E do alto, deus pensaria sozinho."meus filhos, ainda bem que reaprenderam a brilhar", no mesmo momento em que eu, nu,gozo no jardim, depois de me masturbar para o dia.

2 comentários:

Old Pirats disse...

DOCARALHO.

Bruno Bauer. disse...

Bueno hermano, não sei o que seria mais difícil para nós nessa fase descrita, achar vila lobos ou a agulhas