Eu pairo nessa mancha profunda, ancorado nesse lodo
ensolarado, de travessias tropicais que mais lembram mariposas, milhares a
dançar uma valsa funesta no meio da plantação do meu cérebro. Os símbolos, as
marcas, as estórias de redes, os fractais conectados nessa grande megalópole
psicológica, ergue-se como de um sobressalto, do nada, assobiando como aquele
pássaro que ao invés de lhe resgatar as cores da vida, lhe fazia estremecer a
cada lembrança de que a natureza, com todos os seus sons, e os homens com todos
os seus sons, e todas suas mortes, e todas sua labuta, e todos seus rodopios, e
toda loucura, não haviam de parar um instante sequer nessa grafite ilógico de
uma grande roda gigante, que vai acima,
encontrando os gigantes, desce por dentro dos olhos e chega a boca a
dizer: Lástima! Não conseguir enxergar, mesmo com os
olhos colados em sua pélvis. Elas continuam a rodear e a me afastar daquele
relance que muito me apetece, que me faz vivo, como Aquiles e seus mirmidões
esperando o momento oportuno de atacar os muros do distante reino antes desconhecido.
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