terça-feira, 12 de agosto de 2014

Nossas cascas

A vida já é tão difícil pelas suas próprias características :


Temos que nos deparar com uma consciência  biologicamente pronta  acrescida do que  faremos com ela, e da interpretação que  o nosso eu, já construído e também a se construir, dá para todos os fenômenos misteriosos da vida, do mundo. 

E o fato de sermos um “eu”, uma consciência herdada pelas redes da vida e lançada à um mundo povoado de questões, como a miséria humana, o flagelo das guerras, a fome, a violência , a escravidão, a exploração incontrolável da natureza, a loucura de cada sinapse mal feita pela química de nosso cérebro, a esquizofrenia sem culpa, o câncer de quem acabou de nascer, o vicio e a depressão de quem não teve força, o suicídio de quem não a suportou.

Qual o sentido disso tudo a que chamamos de vida?  

Algumas culturas o chamam de amor, outras de deus, uns o acham e outros não.No mundo em que habito as religiões diluíram-se em caldas quentes de liberdade . As ligações entre elas. A aproximação dos mundos dos eus, os fenômenos da globalização em nosso grão de areia,  nossa única casa, nossa casca, nosso céu dentro do peitos.


Essa gama de acontecimentos jogados ao acaso de uma existência cigana, com todos os percalços atoalhados a que estamos sujeitos  nos é bastante sofrível. Se se aproximou do amor ou se sucumbiu ao medo. Essa balança funesta a que chamamos de destino, o livre arbítrio macabro ensinado nas catequeses de criança naquela cidade-sede-episcopal. 

Não precisamos criar mais problemas e sofrimento. Não precisamos sofrer com questões imaginárias criadas pelas nossas próprias mentes. Temos que saber que nossa mente é capaz de tudo. A vida pode se tornar bem mais leve e teremos mais chances de encontrar o amor, quando ele  é uma arma pra batalha do desconhecido. Aprender a amar é um silogismo prático ilógico e real. 


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